Quando a dor vira rotina e o plano vira obstáculo
Quem convive com a endometriose sabe que essa doença não é só ginecológica, ela invade a vida. São dores insuportáveis durante o ciclo, sangramentos fora de controle, alterações no intestino e na bexiga, dificuldade para engravidar e um corpo que parece nunca mais voltar ao que era.
Para muitas mulheres, o diagnóstico chega tarde. E quando finalmente se encontra um médico que compreende a gravidade do quadro e indica a cirurgia robótica como forma de controle efetivo da endometriose profunda, o plano de saúde diz não.
Não porque a cirurgia não seja recomendada. Não porque você não tenha indicação médica. Mas porque, segundo a operadora, o método é “moderno demais”, “fora do rol da ANS” ou “caro para a cobertura contratada”.
É aí que a indignação começa.
A lógica perversa dos planos: adiar, negar, lucrar
A recusa ao tratamento tem um padrão. O plano ignora o parecer da sua médica — aquela que acompanha seu caso há anos — e adota um protocolo administrativo, impessoal e insensível. Alega que a cirurgia robótica não está prevista no rol, como se isso anulasse a urgência da sua dor.
Na prática, o que se vê é a repetição de uma lógica comercial: quanto mais o plano posterga o tratamento, mais ele lucra. A operadora transforma o que deveria ser um direito assistencial em um cálculo de custo-benefício empresarial, deixando mulheres à mercê de crises, internações e sequelas físicas e emocionais.
Mas essa negativa não se sustenta. Nem jurídica, nem eticamente.
O que a medicina e a justiça dizem — e o que o plano tenta esconder
A cirurgia robótica é técnica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e amplamente utilizada nos casos mais severos de endometriose profunda — principalmente quando há lesões infiltrativas no intestino, bexiga ou septo retovaginal.
A tecnologia garante:
- Maior precisão na remoção dos focos da doença
- Menor sangramento e trauma cirúrgico
- Preservação de estruturas anatômicas delicadas
- Redução de sequelas como infertilidade ou incontinência
- Recuperação mais rápida e menor risco de recidiva
A negativa baseada na ausência de previsão no rol da ANS já foi afastada pela Lei 14.454/2022, que reforça que o rol é referência mínima, e não uma lista exaustiva de tudo que deve ser coberto.
Decisões recentes dos Tribunais têm reconhecido que, quando há prescrição médica fundamentada, ausência de alternativas viáveis e urgência no tratamento, o plano tem obrigação de custear o procedimento, ainda que mais moderno ou oneroso.
Em um dos casos julgados, a paciente havia tentado outros tratamentos sem sucesso, com histórico de cirurgias anteriores e uso contínuo de morfina. A cirurgia robótica foi indicada como última opção. O plano negou. A Justiça interveio e garantiu o custeio imediato, reconhecendo o risco de agravamento e a desumanidade da recusa.
O que fazer diante da negativa
Se você recebeu uma negativa, organize os documentos necessários:
- Prescrição médica detalhada com CID e justificativa técnica
- Relatórios que indiquem falha de outros tratamentos
- Exames que evidenciem a profundidade e complexidade da endometriose
- Documento ou protocolo da negativa do plano
Com esse conjunto, é possível buscar a autorização judicial do procedimento — muitas vezes com urgência reconhecida e decisão liminar favorável em poucos dias.
Você não precisa aceitar a dor como destino
A endometriose não é frescura, tampouco exagero. E o tratamento adequado não pode ser substituído por atalhos menos eficazes só porque o plano quer economizar.
Nós, do Braga Brinck Advocacia Especializada, atuamos com profundidade técnica e sensibilidade para garantir que o seu tratamento seja respeitado. Não aceitamos que burocracia se sobreponha à vida. Temos experiência, estratégia e agilidade para reverter negativas abusivas com base em decisões consolidadas da Justiça.
Se você foi desrespeitada pelo plano, estamos aqui para te ajudar a virar essa página — com segurança, dignidade e o cuidado que você merece.
A reparação começa com um passo
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